O Cronógrafo






















Penso no ser humano como um designer do seu espaço de temporalidade. Um prisioneiro de sua obra. Ser encapsulado que constitui sua memória à maneira de um cronógrafo. Não de um relógio... é diferente. Há o processo. O humano tem sua percepção sobre a temporalidade atrelada a escrever e descrever o espaço do tempo. Sua memória registra por meio das sensações e dos sentimentos. Edita pelo esquecimento.

É distinto do relógio... que somente certifica, alerta para a convenção de uma mesma chance renovada. Notifica sobre os graus do instituto do tempo, demarca o acordo de uma contagem. Pois, seus ponteiros e dígitos destinam-se a chamar os sentidos e a razão ao encontro com a ideia de que podemos retomar a narrativa ou a argumentação. Perpetua o recalque evocando a repetição simbólica dos números. Induz a mente a reproduzir.
¬ lpz

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