Se me perguntassem 'qual a palavra que você mais abomina?', eu responderia, sem pestanejar, que é a palavra [ajuda]. Por que? Por ser ela que normatiza os baixos salários, a vontade de poder dos amigos, o trabalho sem desejo, a servidão e a fraqueza de espírito. Porque a palavra [ajuda] vem carregada de hierarquia e descrédito sob o olhar do que se entende mais forte. É a moralina fervendo nas veias daquele que pretende se valer do desempenho e do status quo do possível ajudado. Ajudar é diametralmente oposto à confiar, pois, pressupõe impotência do ajudado. No entanto, para o missionário ajudador, renegar a ajuda desperta uma ira incontrolável e o desejo de que a desgraça do alheio legitime o que teria sido o seu ato auto-elogioso.
Porém, o que não passa, nem de perto, pela mente do bom samaritano, é que a felicidade é realização. E que ser ajudado não realiza ninguém.
¬ lpz
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